segunda-feira, 14 de junho de 2010

entrevista com a Céu


(originalmente publicada no jornal Brasil Econômico, 12/06/10)

"Ninguém me coloca na MPB. Nem eu"

ABRE:

Assim que falou isso, Céu caiu numa risada. Mas é melhor mesmo explicar a música dessa garota começando pelo que ela não é. Não é MPB, ainda que seja (boa) música popular brasileira. Não é pop, ainda que tenha chegado ao badalado ranking da Billboard. Não é samba, nem reggae, nem jazz, nem soul, nem hip hop, nem eletrônica — mas, nesses casos, é um pouquinho disso tudo e mais outro tanto de coisas. Por ser “uma colagem do que sou”, como diz, a música dela consegue soar brasileira, mas não muito, e agradar não só brasileiros mas também europeus e norte-americanos, já que a carreira dela nunca foi caseira.

Céu nasceu em São Paulo há 30 anos, em uma família de artistas. Ganhou o nome Maria do Céu em homenagem à lavadeira portuguesa que cuidou de seu pai na infância. Com ele, o compositor, maestro e arranjador Edgard Poças (criador do sucesso dos anos 80 A Turma do Balão Mágico), conheceu a boa música desde pequena. Da mãe, a artista plástica Carolina Whitaker, ouviu sempre que, se quisesse mesmo ser cantora, não precisava fazer faculdade e, sim, botar a “mão na massa e trabalhar”.

Ela nunca foi boa aluna, “era muito avoada”, e flertou com a carreira de desenhista, mas aos 15 anos estava certa de que queria é cantar e começou a estudar enquanto fazia jingles para o rádio. Aos 18, foi para Nova York passar seis meses e ficou um ano. Lá, começou a compor, estudou a pegada do jazz na voz feminina e ralou como faxineira, garçonete e office-girl. De volta ao Brasil, serviu mesas no restaurante Spot, na capital paulista, e foi se aproximando gente interessante na música, como a turma dos pernambucanos herdeiros do manguebeat. Nesse ambiente diverso e criativo conheceu seu marido, o produtor musical Gui Amabis — irmão de Rica, do coletivo musical Instituto.

Em 2005, lançou CéU e com ele veio uma legião de fãs apaixonados. Não só pelo som envolvente, mas pela naturalidade com que ela rebola, com as pernas de fora, sem jamais ficar vulgar. Aliás, ela não rebola: cai na roda da malemolência, como diz numa das canções. Dois anos depois, o disco de estreia saiu nos EUA e o impacto foi o mesmo, sempre nesse universo mais cool. Céu é meio despreocupada, e muito intuitiva. Sem pressa, parou a gravação do segundo álbum para “virar bichinho” e cuidar da filha, Rosa Morena, que acabara de chegar.

No fim de 2009 saiu Vagarosa, com participações de Luiz Melodia, Curumin, Catatau, BNegão e, sempre, dos pernambucanos. Mistura boa. A turnê começou nos EUA e veio, devagar, para o Brasil. Agora, segue para a Europa e ainda vai voltar para cá, quando a Universal relançar o disco no país este ano. Céu está apenas começando, bocejando, espreguiçando. Aproveitemos.


ENTREVISTA:
Sua carreira é relativamente curta, ao passo que você faz muitos shows no exterior. Como isso aconteceu?

Veio do selo, a Urban Jungle, eles se propuseram a ser sócios do disco e me representar fora do Brasil. “Você faz tudo do seu jeito e a gente te representa lá fora”, e aconteceu. Gosto muito, e agradeço, porque não é fácil viver de música, fazer a música que se quer. As pessoas olham com glamour o fato de eu viajar muito, mas é o maior perrengue. Imagine que eu não conhecia a Europa quando fui tocar lá a primeira vez. É uma conquista irmos todos nós (da banda), alguns dos meninos nunca tinham andado de avião, sabe?

Como foi tocar agora no (prestigiado festival de rock) Coachella, nos EUA?

Demais, uma experiência incrível. É um público bem pop-rock, algumas pessoas até me conheciam, mas, imagine, eu estava lá no meio do Thom Yorke, do Gorillaz, do MGMT, todas essas coisas bombadaças. Toquei na mesma hora do Jay-Z, às 11h da noite, entramos eu, o Jay-Z e a Beyoncé (risos). É muito legal ver todo tipo de gente, todo mundo muito propenso a estar feliz. São três dias de shows intensos, muita banda boa. Não tem quem não goste.

E você falou de roubadas, que tipo de apuros você passa nessas turnês?

Um monte, um monte... É basicamente roubada (risos). Chega a ser engraçado porque a gente só se ferra. Na segunda vez que fui para a França, não falava uma palavra de francês e fui convidada para uma participação no rádio. Achei que seriam umas quatro músicas, no estúdio, mas cheguei lá e era numa casa de show lotada, ao vivo, para a França inteira. Não era estúdio, e eu estava de moletom (risos)! Foi muito engraçado, a gente mandou músicas que não tinha ensaiado, mas foi muito legal. E tem roubadas como chegar no hotel, estar nevando lá fora, e não ter aquecimento no quarto. Ou descobrir que não temos reserva, às 3h da manhã. Ou alguém fica gripado. É uma sucessão de coisas imprevisíveis.

Em que você acha que evoluiu dos seus primeiros shows até hoje?

Ganhei mais noção do palco, do espaço que eu estou e de como usá-lo. Existe toda uma sabedoria, não é só estar lá cantando. E tem a interação com o público. Essa rodagem me fez ficar mais madura no palco, e isso vale ouro. No começo, você sofre muito. Teve uma roubada boa que eu peguei, uma coisa forte. Tinha feito só cinco shows no Brasil — três na Galeria Ouro Fino (onde começou, no evento Coisa Fina), depois no Grazie a Dio (casa da Vila Madalena) —, e fui tocar no La Cigale, na França, que é uma casa milenar, tradicionalíssima, para pessoas que estavam lá para ver a Tânia Maria, uma super jazzista brasileira, imagina. Eu entrando com DJ e um monte de gente idosa na plateia. Tive que ir no feeling, fiz e foi legal pra caramba. Gosto desse cara a cara, aprendo muito.

O DJ é marcante no seu som, é quase um instrumentista. Como isso rolou?

O DJ (Marco) era meu amigo, fez parte do meu primeiro disco inteiro. Neste trabalho tem muito vocal, muito sopro, e não sabia como fazer tudo isso no show. Não dá para eu cantar e fazer o vocal, não dá para ter três backing vocals — porque uma fica esquisito, duas é pouco, três é caro (risos). Nessa mesma época tinha isso do hip hop, que sempre curti muito, o Jurassic 5... Todo mundo estava fazendo isso. O Beto Villares, que produziu meu disco, sugeriu, ele estava ali, é amigão, entrou pra família.

Como a sua banda se formou?

O Lucas (Martins, baixista) é amigo de mil anos, um cara que me entende muito musicalmente e foi um dos primeiros a investir na minha história, há um tempão. O Marco colocou a mão dele no som e vi que tinha ao meu lado não só um DJ mas um músico. O Bruno (Buarque, baterista) também conheço faz tempo e ele se mostrou não só muito talentoso mas bastante versátil, já usava MPC (processador de samplers) e recursos extras. E o Gui (Guilherme Ribeiro, teclado e acordeon) veio por indicação de amigos. São todos grandes músicos e amigos. Na equipe tem o técnico de som, o (Gustavo) Lenza, que também produziu o disco, viaja com a gente e é tour manager. A graça é a gente trabalhar feliz, com os amigos. Deixar as pessoas porem a mão na massa.

Você gosta dessas criações coletivas?

Gosto de bagunça, de todo mundo junto. Se começa a ficar muito formal, me incomoda. Sou muito desencanada, às vezes até demais. A gente é tão amigo que, na turnê, se minha filha está comigo e estou cansada porque acordei 6h da manhã e tem show à noite, não posso passar o som. Eles seguram a onda sem mim. Tem uma cumplicidade.

Sua gravidez veio numa fase muito ativa profissionalmente. Como foi?

Aconteceu. Posso dizer que dei uma vacilada (risos). A gente (ela e o marido, o produtor musical Gui Amabis) estava num momento super legal, tinha casado, namorava há muito tempo. Calhou, foi bem bacana.

Que mudanças a maternidade trouxe?

Um pedacinho meu não está aqui, está sempre pensando nela. E, putz, me sinto capaz de fazer muito mais coisas. Meio super mulher (risos). É incrível. E vem maturidade também, não tem jeito: os pingos vão para os is.

Existe o medo de não ser boa mãe?

Desde que a gente nasce, o medo é um cara que convive com o ser humano até o fim da vida. Às vezes toma proporções grandes, às vezes pequenas, o negócio é lidar com isso. Criar uma criança te faz enfrentar muito o medo, a culpa, porque a gente está trabalhando e pensando se devia estar em casa cuidando deles, mas é a vida. Na (música) Bubuia eu falo: “Não estamos aqui só a passeio, já que a vida não é recreio, vamos aí e assim será”. Quando me tornei mãe, vi que a natureza impõe uma questão biológica e natural da mulher. De voltar para um lugar do qual a gente está se afastando muito, que é o de ser provedora, de cuidar da casa. Aproveitei muito esse momento bichinho.

Falando agora de momentos menos íntimos, você parece muito à vontade ao posar para fotos...

Acho que resolvi minha timidez no palco (risos). No começo, não tinha autoconfiança, então era tímida. Mas com o tempo, ralando, na estrada, é tanto desafio que é isso: assim sou eu. Não me considero tímida. O que trago comigo, e confundem com timidez, é que sou mais introspectiva, mais na minha, mas isso não é timidez.

Você se acha bonita?

Gosto de mim. Me aceito bem. Gosto de me arrumar, mas sempre tem de ter um elemento bagunçado. Não gosto de estar toda no protocolo, arrumadíssima, porque faz parte da minha natureza essa, sei lá, essa mulher selvagem que existe dentro de mim (gargalhada). Por favor, não coloque isso em letras garrafais (risos).

E no palco, existe um personagem?

Sou bem ruim nisso. Não que eu condene, é uma técnica incrível, tenho amigas atrizes que cantam e têm a técnica de se colocar no palco mais solta, sabe? A Karine (Carvalho, que canta com o 3 na Massa), a Thalma (de Freitas, parceira de Céu no trio vocal Negresko Sis). É muito legal dividir com elas, mas meu jeito ainda é bem natural.

Aparece muita gente apaixonada, pedidos de casamento?

(Risos) Ah, sempre tem umas mensagens. No meu blog, agora mesmo um menino escreveu “casa comigo”. Vou falar que não gosto? Claro que gosto. É bonitinho. Mas também tem aquilo de a música encantar. Cria-se uma atmosfera e a pessoa acaba confundindo tudo. É natural, a música tem um poder muito forte. Tem músicas que me remetem a tempos que eu gostaria de reviver. Ontem mesmo me veio a do filme Labirinto, do David Bowie. É linda, estou até querendo cantar no show. Fiquei lembrando da época em que assisti a esse filme, era muito legal, aquele mistério. Música é forte, mexe com as pessoas.

Nos últimos anos apareceram muitas novas cantoras e você parece destoar da maioria delas. Qual é o seu diferencial?

Ouço (as outras), fui a shows, são muito talentosas. Sou amiga da Mariana Aydar, da Marina de la Riva, nos conhecemos e nos demos muito bem. É muito gostoso poder olhar para o lado e ver gente que me inspira. Da nova geração, a Karina Buhr é muito talentosa. Da minha, a Cibelle é muito talentosa.

Sua música parece não seguir tanto a Marisa Monte, uma referência forte.

A Marisa foi uma divisora de águas e é mais que natural ela ter um séquito. (Pensativa) Minha maneira de encarar a música é muito particular. Sou muito vintage, escuto música da década de 30, de 40, e gosto. Não é tipo, sabe? E tem essas misturas, também um pouquinho mais de distanciamento com a MPB mesmo, daquela coisa do samba. Escutei samba a vida inteira, sou aficionada por Nelson Cavaquinho, Cartola, mas não sou do samba. Não vou inventar uma coisa dentro de mim. Admiro demais, mas fui tentar encontrar algo que faça sentido dentro da minha personalidade, uma colagem do que sou. Nisso entra um pouquinho de samba, desse encontro do Brasil com a África, que sempre me interessou, entra essa pegada calipso, indo para a Jamaica, esse caminho Nordeste, brega com Jamaica, que é muito interessante. No fim, é difícil dizer qual é o meu tipo de som. Quando faço música, não tenho rótulo. Não me sinto MPB. Ninguém me coloca muito na MPB, nem eu (risos).

De onde vêm essas influências?

Conheci esse pessoal principalmente através do Rica, meu cunhado (músico do coletivo Instituto). Quando gravei Concrete Jungle (de Bob Marley, no primeiro CD), queria chamar a cozinha (baixo e bateria) da Nação Zumbi. Sempre curti o Chico (Science), fui da geração que viveu o Manguebit. Chamei, conheci eles e nunca mais deixei de estar perto porque me apaixonei. Por tudo.

Aos 18 anos, você viveu um tempo em Nova York. Como foi essa fase?

Meu pai (o maestro Edgard Poças) ficou bem preocupado, na verdade, desde o momento que decidi ser cantora. Ele sabe a dificuldade desse caminho no Brasil, e sabia que a filha ia querer fazer uma coisa bem específica. Ele me ajudou muito, deu aula, me incentivou e me colocou no (mercado do) jingle (músicas para comerciais no rádio), que foi muito importante. Esse é um mercado super fechado e ele me apresentou aos estúdios. Quando fui para Nova York, ele bancou os primeiros seis meses. Depois, tive que me virar, trabalhei de faxineira, babá, carregadora de casaco. Quis ficar (um ano) porque vi que a minha história ali não tinha acabado. Senti que ia ser bom estudar lá, sacar a escola vocal do jazz americano.

E conseguiu?

Esses trabalhos eram bicos para eu conseguir pagar os cursos. Uma professora de vocal, Pat Holley, morava no Harlem e eu fazia trabalhos de banco para ela, de office-girl, em troca de aulas. Foi lindo. De repente, consegui tocar na noite. Conheci um italiano, casado com uma brasileira, e conseguimos pegar uns lugares que não tinham a ver com o eixo que fazia música brasileira lá. E, em Nova York, despertou a coisa de começar a compor.

Como isso aconteceu?

Tinha um gravadorzinho e comecei a fazer umas melodias, umas letrinhas, depois ia para o violão. Vi que eu tinha músicas, mas pensava “imagina, não dá pra ser compositora” (risos). Quando se cresce num meio tão musical, há um pudor. E foi legal estar lá, na minha, numa cidade onde as pessoas se expressam seja como for.

Você diz que havia um pudor por ser filha de uma artista plástica e um maestro?

Cresci numa família muito atípica, de artistas. Minha mãe tinha uma papelaria e a gente morava no andar de cima. É diferente ser adolescente e crescer numa loja, trabalhando. Isso num bairro que era muito simples, reduto de imigrantes portugueses, e depois ficou “de rico”. Éramos a família excêntrica da Vila Nova Conceição (risos). Minha mãe sempre me incentivou a não fazer faculdade mas, ao mesmo tempo, tinha uma filosofia operária-portuguesa: “Põe a mão na massa e vai trabalhar”. Então fiz cursos e fui tocar na noite. Aos 15, fiz canto lírico com a Catarina (Justus) Fisher. Mudou muito rápido a minha voz. Devo muito a ela.

E seu pai? É seu maior crítico ou fã?

É engraçado, porque tive muito receio com ele, pois sei o que ele conhece de música. Mas ele é o cara que mais entende minha música, da maneira que eu mais gostaria que as pessoas entendessem.

Você tem alguma parceria a caminho?

Agora não. Mas participei do disco do Itamar (Assumpção), que a Anelis, filha dele, vai lançar. Está muito bom.

E essa gravação de Umbabarauma com o Ben Jor (anunciada no site da Nike)?

É o Negresko Sis, com a Thalma e a Anelis. A gente faz serviços vocais (risos) e fizemos uma gravação com o Jorge Ben e o Mano Brown.

Gosta de ser backing vocal?

É uma delícia, adoro sair dessa coisa crooner e ficar só de instrumentista.

Para você, que vive mais lá do que cá, o que é o Brasil?

É esse país multicultural, a gente tem isso no DNA e não dá para separar. Um Brasil fértil, mas também um país de muita corrupção, de muita dificuldade para se conseguir as coisas. Sou uma apaixonada, uma lutadora, e quero muito ficar aqui. Posso até morar um tempo fora, um ano, mas sempre pensei em fazer minha carreira aqui. Não quero fazer um disco de brasileira que mora no exterior. Estou otimista com o Brasil, sinto que a roda está girando, uma coisa mais positiva.

Quando você está fora do país, sente saudades do quê?

Da comida. Tenho muita saudade de arroz, feijão e carne. Sou super arroz-feijão.

Agora uma pergunta meio inevitável: as drogas inspiram a criação?

Se uso drogas para criar (risos)?

Fumar um ajuda a fazer música melhor?

Já fumei, não uso mais, não tenho mais interesse. Mas não tenho nada contra e sou super a favor da liberação das drogas. (A droga) é uma porta que se abre e você realmente tem que ter maturidade para saber voltar, administrar. Na verdade, hoje em dia está mais difícil ficar careta. Essa é a grande loucura. Vivemos numa sociedade muito imediatista, bastante superficial, com muita informação, com tudo de tudo o tempo inteiro, então é muito difícil focar e viver o verdadeiro presente. Nesse segundo disco, quis falar muito sobre se estar no lugar que se está.

Como você busca isso?

Honestamente, procuro ser eu. Não abro concessão com o que sinto. Não programo uma coisa na função de ganhar outra, “fazer um disco para ganhar dinheiro e estourar no exterior”. Vou ser o que sou, e isso às vezes é pesado. Deixo de fazer o que as pessoas queriam que eu fizesse, como lançar disco mais rápido, fazer todo o tipo de mídia. Lido muito com a frustração, com opiniões, e assim vou indo. Amo meu dia-a-dia, amo a rotina, conversar com um taxista, ir na padaria comer um pão na chapa. Meu grande prazer é a vida, o mundo. Se eu começar a me vestir de cantora famosa e for me isolando num lugar onde tenha que estar sempre maquiada, linda e falando coisas inteligentes, isso vai me matar, me autossabotar. Tento viver o presente fazendo o que meu coração quer.

MAKING OF:

Não é fácil conseguir marcar uma entrevista com a Céu. O principal desafio é encontrá-la em solo nacional, já que a moça vive mais na estrada, na Europa e nos Estados Unidos, do que no Brasil. Desde o primeiro contato até acertarmos a conversa, foram quatro meses de espera. Quando finalmente a encontro, vejo uma menina tão na dela, tão sem costume de dar entrevistas longas (pensa muito antes de cada resposta, diz um milhão de sei lás) e — talvez por isso — tão desarmada, que impressiona. Apesar de todo o frisson em torno dela, e de ela ser mesmo encantadora no palco, Céu é apenas uma garota tranquila, talentosa, intuitiva e com muito chão pela frente. Eba.

Um comentário:

Phydia de Athayde disse...

aaahhh!... o nome do filme com o David Bowie é "Labirinto" e, não, "Fantasia".

devidamente corrigido!

valeu, zé, tinha que ser você pra me ajudar nessa. bjs

phy