terça-feira, 26 de junho de 2007

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15 comentários:

Geraldo Milagre disse...

Porque você não organiza os skeatistas da praça e pleiteam junto a prefeitura uma pista de skate pública na vizinhança? Seria muito mais razoável do que usar a rua como pista. Atenderia aos skatistas e também aos motoristas e pedestres, que precisam da rua para os fins para os quais ela foi feita.

Anônimo disse...

Dilacerante! Minha nossa! Te acompanho nas lágrimas, pode ser?

Anônimo disse...

Bom...ainda bem que comentar aqui é menos burocrático que comentar no blog do juca, que nao consigo comentar nunca, devido a burocracia virtual que somos submetidos a cada vez que tentamos expor nossa opnião sobre alguma coisa.
Phydia, fiquei realmente comovido (não, esta não e a palavra e ela nao me vem a cabeça agora, então vai ela mesmo) com seu protesto, e aqui em BH, vejo que os skatistas enfrentam os mesmos problemas de qualquer grande capital do pais: A violência aumenta, a burguesia acaba com as praças, a prefeitura é prefeitura apenas para alguns. Ao menos a nós ainda resta a bela praça do PAPA, ou como eu costumo chamar praça da LIBERDADE(não a praça da liberdade conhecida em BH, que se encontra a frente da casa do goverdador, mas a praça em que está no mangabeiras). Lá se pode fumar maconha e descer as ladeiras andando de skate sem ninguem se importar com isso. (Não que eu fume maconha ou ande de skate, mais é que sou contra a repressão do uso dessa droga, e tantas outras poderem ser usadas.)
Para te ser sincero acho que um protesto infelizmente nao dará em nada, porque nesse país quase movimento nenhum da certo, mais torço muito para o SUCESSO do seu protesto, e com certeza colaborarei daqui de BH enchendo a Subprefeitura de mensagens virtuais.
Parabens pelo belissimo texto, e voce acaba de ganhar um leitor em seu blog, e um leitor que agora poderá opniar. Diferente do leitor que sou no blog do JUCA que não consigo expor minha opnião.
Um abraço e um Beijo, de um garoto de Belo Horizonte, que luta para que haja mais "praças de liberade" no Brasil.

Anônimo disse...

É preciso ver com os planejadores da prefeitura o propósito desta intervenção? Foi para atender pedidos de moradores e ir contra skatistas? Foi para reduzir a velocidade dos carros que passam na via? Enfim, vale a pena buscar saber mais e lutar, na rua e na prefeitura, por um eventual resgate do "valor" desse espaço.

Henrique Donnabella disse...

Geraldo, você anda de bicicleta na calçada? Na ciclovia? Ou não anda de bicicleta? A rua virou uma opção não apenas dos skatistas, mas dos bikers, circenses, pedintes, professores, maratonistas, sem teto, vendedores, crianças, idosos, cachorros, latas, cigarros, pedestres, arvores, mato, água e....carros. Agora qual será o motivo de tamanha utilidade para vias de ligação feitas de asfalto? Será que é falta de diálogo? Falta do que fazer certamente não é.

Unknown disse...

Simplesmente fantástico....poético....romantico.... lúcido e sonhador. Pessoas como você é que me fazer acreditar que o futuro pode ser melhor ! Parabéns.

Unknown disse...

Simplesmente fantástico....poético....romantico.... lúcido e sonhador. Pessoas como você é que me fazer acreditar que o futuro pode ser melhor ! Parabéns.

Anônimo disse...

O pior é a constatação da falta de um sentimento mínimo pelo próximo.
Aqui, em minha cidade (Olinda-PE) algo parecido aconteceu, um campinho que foi uma batalha conseguir que a prefeitura construisse e cercasse para evitar q a bola fosse para as ruas ou mesmo casas vizinhas, foi fechado à cadeado, pela vizinhança que não tolerava "aquela bagunça".

Cada vez mais ficamos isolados, trancados, com medo da violência... e, agora, devemos ter medo que nossa diversão, nossa alegria incomode aos proprietarios das ruas.

O que resta é nao baixar a cabeça ou ficaremos assim, amargos. O campo aqui, felizmente foi liberado (passou um mes com um posto da polícia para averiguar se "os marginais ficavam pertubando a paz dos outros, constrangendo moradores e até assaltando" como nada disso aconteceu, por hora a diversão do bairro voltou, aos que querem se divertir ao menos).

Espero que voces também consiga... que a amargura de quem nao tolera a diversão alheia seja escanteada.

Anônimo disse...

Caramba que foto!!! É inacreditavel pura sacanagem!!!

Anônimo disse...

PQ caso o problema fosse de velocidade na via acredito que nao havia da necessidade de uma "lombada de paralelepipedo"!!!

Carlos Alberto Moro disse...

O que senti ao ler seu excelente texto foi uma grande tristeza, talvez compatível com a que você sentiu... não ando de skate, mas sei que a sua tristeza também não é apenas "funcional", pela perda de um lugar pra se divertir, acho que é também, como a minha, a tristeza da intolerância.

Me conecto, sem saber se é possível, com fato de dias atrás, dos "jovens de classe média-alta da zona sul do Rio de Janeiro", se é que existe essa tal "classe média-alta", os tais que agrediram covardemente uma mulher, empregada doméstica, quer estava de madrugada sentada num ponto de ônibus... disseram que estavam arrependidos, pois pensaram que era uma prostituta (se fosse, tudo bem ?), um dos pais falou que a culpa não era deles (pais), dizendo que "o problema é das drogas, isso está acabando com tudo...". E esse mesmo pai, compreensivelmente abalado, apelava dizendo que "os garotos trabalham e estudam... cometeram um erro... mas existem crimes piores...", em mais uma negação, agora da gravidade do fato.

É pouco provável que esse pai, em seu sofrimento, tenha a condição de entender qual a parte que lhe cabe de culpa nesse episódio, o que poderia mobilizá-lo à mudança. Duvido que ele ache que tem relação com o problema... mas em reuniões de associações de bairro ele provavelmente vota pra segregar, mandar para longe, proibir a convivência, pois se "incomodam" com o barulho, com a bagunça, com os "maus elementos" que podem frequentar a praça. E fazem faixas de paralelepípedos, e colocam portarias e seguranças, e prendem seus filhos em casa, acorrentados ao joystick, ao mouse, à uma "Second Life" que pode trazer algum "remédio anti-monotonia" (salve Cazuza !!!).

Se continuarmos a nos afastar chegará o dia em que seremos todos estranhos uns para os outros, em nossos silêncios de domingo, sem maloqueiros, vizinhos barulhentos, filhos hiperativos, conversas à mesa... estaremos felizes em nossas conchas... enfim sós. O "estranho" causa o medo, "o medo leva à raiva, raiva leva ao ódio, ódio leva ao sofrimento" (salve Mestre Yoda !!!).

Que racionais nós somos... pra não sofrer, ao TER que estar em contato com o outro e tolerá-lo, escolhemos o sofrimento maior e mais duradouro, de tratá-lo como objeto de meu ódio e ser tratado assim por ele...

Agora fico apenas na tristeza. Nesse momento não levanto bandeiras. Um pouco de luto é bom...

Carlos Alberto Moro disse...

O que senti ao ler seu excelente texto foi uma grande tristeza, talvez compatível com a que você sentiu... não ando de skate, mas sei que a sua tristeza também não é apenas "funcional", pela perda de um lugar pra se divertir, acho que é também, como a minha, a tristeza da intolerância.

Me conecto, sem saber se é possível, com fato de dias atrás, dos "jovens de classe média-alta da zona sul do Rio de Janeiro", se é que existe essa tal "classe média-alta", os tais que agrediram covardemente uma mulher, empregada doméstica, quer estava de madrugada sentada num ponto de ônibus... disseram que estavam arrependidos, pois pensaram que era uma prostituta (se fosse, tudo bem ?), um dos pais falou que a culpa não era deles (pais), dizendo que "o problema é das drogas, isso está acabando com tudo...". E esse mesmo pai, compreensivelmente abalado, apelava dizendo que "os garotos trabalham e estudam... cometeram um erro... mas existem crimes piores...", em mais uma negação, agora da gravidade do fato.

É pouco provável que esse pai, em seu sofrimento, tenha a condição de entender qual a parte que lhe cabe de culpa nesse episódio, o que poderia mobilizá-lo à mudança. Duvido que ele ache que tem relação com o problema... mas em reuniões de associações de bairro ele provavelmente vota pra segregar, mandar para longe, proibir a convivência, pois se "incomodam" com o barulho, com a bagunça, com os "maus elementos" que podem frequentar a praça. E fazem faixas de paralelepípedos, e colocam portarias e seguranças, e prendem seus filhos em casa, acorrentados ao joystick, ao mouse, à uma "Second Life" que pode trazer algum "remédio anti-monotonia" (salve Cazuza !!!).

Se continuarmos a nos afastar chegará o dia em que seremos todos estranhos uns para os outros, em nossos silêncios de domingo, sem maloqueiros, vizinhos barulhentos, filhos hiperativos, conversas à mesa... estaremos felizes em nossas conchas... enfim sós. O "estranho" causa o medo, "o medo leva à raiva, raiva leva ao ódio, ódio leva ao sofrimento" (salve Mestre Yoda !!!).

Que racionais nós somos... pra não sofrer, ao TER que estar em contato com o outro e tolerá-lo, escolhemos o sofrimento maior e mais duradouro, de tratá-lo como objeto de meu ódio e ser tratado assim por ele...

Agora fico apenas na tristeza. Nesse momento não levanto bandeiras. Um pouco de luto é bom...

Elohim Achmed disse...

Phydia,
ainda que em lampejos, há almas nesse Brasil.
Parabéns, que não nos roubem (como um dia já fizearam) nossa voz.

Anônimo disse...

Um texto maravilhoso !!! Parabens, concordo plenamente.

dilsonznn disse...

Reacionários, conservadores, ou melhor, administradores de uma cidade caótica, com tantos problemas, que são completamente omissos quanto às soluções, mas não em relação ao lazer, mesmo de poucas pessoas.
Afinal de contas, porque se preocupar com a criminalidade, sujeira sobretudo no centro da cidade, enchentes, trânsito, drogas, buracos nas ruas e calçadas, empregos, etc. O melhor é acabar impiedosamente com as poucas opções de lazer em nossa cidade.
Nós paulistanos somos nervosos, apressados, mal humorados e até neuróticos. Temos horário para tudo. Corremos para os nossos empregos, seja em ônibus ou lotações lotados, ou em nossos veículos, com dezenas de quilômetros de congestionamento. Torcemos todos os dias para não chover, senão o trânsito já caótico, vira mais caótico. E sem falar no metrô, que em caso de greve, estagna qualquer locomoção de um lugar a outro. Já em caso de enchente, o caótico já caótico, vira mais caótico.
Dá para ter uma vida saudável nestas circunstâncias? Talvez não, mas há algumas opções que podem amenizar tanta neurose, como praças ou pequenos espaços verdes como uma ilha em um oceano de horrores.
Mas reconheçamos, a nossa cidade é feia, suja, escura e perigosa. Mas os nossos administradores, não fazem nada para melhorar, e pelo ao contrário, resolvem destruir mais ainda o nosso sonho de uma cidade bela.
As cidades de Florianópolis, Curitiba, Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Natal, Maceió, e tanta outras, são belas e harmoniosas, entre as construções e a paisagem.
Mas São Paulo, com poucos pontos de belezas, se destaca pelo excesso de concreto, com prédios hediondamente horrorosos, cercados por uma fuligem eterna e cancerígena e parques abandonados. Mas estes Senhores, donos da nossa cidade, tem o orgulho de tornar mais feia ainda, ou será que pensam que estão fazendo o bem para a nossa população. Se há maconheiros e pichadores, é muito simples, basta colocar a guarda metropolitana, afinal de contas, acho que é para isso que servem. Ou será quê estou enganado?