sábado, 23 de junho de 2007

de sol e de tristeza

Deixa eu escrever antes que eu me esqueça (como acordar repetindo um sonho pra não deixá-lo fugir).

Ainda estou com o nariz vermelho, de chorar. Pois é, chorei. Na rua, duas vezes, engolindo e deixando o narizão avermelhar, quando passei numa quadra menos movimentada. Carregando o meu skate, pesado, pendurado atrás das costas pelos braços. Chorava a cada vez que imaginava não mais usá-lo. Ai.

Voltando pra casa, à pé, sábado de sol maravilhoso, um fim de tarde, que eu adoro, ao ar livre, sol na pele, corpo em movimento. Pois bem, eu falo.

...Como é que se fala de uma angústia? Violência, segregação, roubo. Me senti roubada, alijada de um direito. Como é que se fala de uma coisa que, ao mesmo tempo, sei que não vai ter solução, não vai voltar atrás, que não adianta reclamar?

Uma pracinha. Especial. Uma pracinha gostosa. Duas quadras de eucaliptos, só com casas ao redor, e asfalto lisinho, com uma inclinação suave o suficiente para ser perfeita para andar de skate. É, eu tenho 30 anos e ando de skate, ainda. Mas só nessa pracinha. Perto de casa, sol gostoso, poucos carros passando, nossa... Uma praia. Eu ando de skate no estilo "masters", digamos. Significa que não faço manobras arriscadas, nem piruetas, nem derrapagens. Não tenho mais idade, físico, pernas nem dedicação para tanto. Uso um skate chamado longboard. É maior do que o convencional (o das acrobacias) e anda mais suave. Explico.

Ele desliza suave o suficiente para descer as duas quadras da pracinha em ziguezague, fazendo um "S" infinito, de um lado ao outro da rua, dobrando os joelhos de leve nas curvas, sem chegar a derrapar. O vento no rosto, o asfalto passando embaixo dos pés, o corpo em perfeita harmonia com o skate, a onda. É um zuuum, uma dança, um bailado pracinha abaixo, até chegar ao sinal no fim da rua. Aí, na última curva completo o círculo, quase sempre com os dois braços para o alto, agradecendo a Iemanjá. É como surfar. Como deve ser surfar, porque eu nunca surfei.

Não tenho grana, tempo, casa na praia, prancha nem braço pra surfar. Mas de vez em quando escapo da vida urbana e curto um fim de tarde na minha praia, logo ali, a pracinha perto de casa. Fazia uns três meses que eu não ia. Hoje, fui à pé. Carreguei o skate nos braços pelo bairro. É difícil andar de skate nas ruas de São Paulo. Tem muito carro, o asfalto é grosso demais, as calçadas são quebradas, enfim, não dá. Menos ainda com um long como o meu. Só na pracinha.
Quando a alcanço, pela rua debaixo, estranho não ver ninguém de skate. Mal dá tempo de imaginar o porquê, e vejo. O horror. A violência. A sacanagem. O roubo. Violentaram o asfalto lisinho da praça com uma faixa de paralelepípedos, de dois metros de largura, de lado a lado da rua. Como se fosse uma lombada, mas no mesmo nível do asfalto. Apenas o suficiente para impedir um skate de passar. Para os carros, tudo certo, é claro. Não acredito. A rua é de quem? Deles? Como assim?

Não é apenas uma faixa. A cada dez ou vinte metros vejo um mata-burros para skate, na praça toda. Apenas o suficiente para impedir a evolução, o vento no rosto, as curvas, a harmonia.


E para impedir, dirão os donos da rua, a bagunça nas tardes de sábado e domingo, o barulho das derrapadas, o auê de moleques dependurados nos carros, de carona pracinha acima. Ou, ainda pior, as pichações, a maconha. Nem todos são pichadores, nem todos fumam maconha. Mas todos são, ou eram, moleques querendo algum desafogo. Um pouco de rua, de sol, de paz.

Agora já era. Me senti como uma mal vestida impedida de entrar no shopping center. Sabe humilhação? Mas pior, porque é na rua. Na bendita rua, último refúgio da urbanidade, da convivência, da tolerância, do vento, das curvas.

Ai, estou triste demais. Com a cidade, com a vida, com a lembrança horrível de quando uma vez, criança, eu perguntei para a minha mãe o que eram aquelas notícias no jornal e ela disse: "É que o mundo é assim, filha, vai ficando a cada dia pior". Passei a vida tentando não concordar com isso. E envelheço. Tenho 30 anos e descubro que não posso mais andar de skate num sábado ensolarado, na pracinha do bairro. E choro. Acho que ainda sou criança. Tanta porrada na vida e ainda choro, ainda lamento, ainda sento aqui pra escrever sobre isso. Tentar gritar.

Antes de caminhar de volta pra casa, refiz o trajeto da descida uma última vez. Com os pedacinhos que sobraram de asfalto liso. Começa, faz duas curvas, pára. Pega o skate, anda três passos, volta. Faz duas curvas, repete tudo. Até o fim. Uma despedida terrível, que me fez e me faz, de novo, chorar aqui. Não tem mais surf na cidade. Não tem mais pracinha. Agora ela é dos que residem em frente e, provavelmente, entre si, votaram pelo fim da maloqueirada do skate. Marginais.

Quando estou triste, às vezes me vem na cabeça a melodia de alguma música. Sem perceber, começo a cantarolar o verso e ele sempre traduz o que estou sentido. Hoje, uma pichação também ajudou. Dizia "flor do meu sertão", como as pichações dos anos 80, que diziam coisas. E a música veio. Mutantes. "Adeus, vou-me embora, pracinha, fulô do meu coração. Eu voltarei qualquer dia, é só chover no sertão".

E a seca mal começou.


96 comentários:

camila disse...

)(**¨$%%¨$&¨%&*#$!&#&¨$*@&*$(*(#&!(@...que onda...que saco! que tristeza...mas que belo texto, enfim!
vamos ver o que pode ser feito, certo?
luv ya! :)
força na peruca!
bebete

Unknown disse...

Que triste, Phy!

Você não diz no texto exatamente onde é a pracinha. É aquela da frente do Alves Cruz? pq se for, realmente é muita sacanagem, aquele lugar é uma delicia!E tradicionalíssima, lembro muito de ir andar de patins lá, novinha...

Espero que vc encontre uma nova praia pra sentir o vento no rosto..-)

Beijos

Unknown disse...

Revoltante né Phydia.

Bjs,

Saudades,

amigo,

Montanha

GUIMBA disse...

"...Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão..."

Valsa para uma menininha - Vinícius de Moraes

Beijos

Guimbão

Unknown disse...

parece mentira...tô revoltada tbém. Que falta de civilidade.
Espero que os outros posts sejam de good phylings! bj

Phydia de Athayde disse...

É sim, Lí, a pracinha do Alves!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Mais uma da "cidade que queremos" da turma reaça que desenha uma são paulo casa-trabalho-shopping (de carro com insufilm entre um e outro), férias em resort.
Cidade sem liberdade, alegria ou diversidade. Babaquice.
Se ao menos servir para criar o phylings (grande nome) ao menos a merda real deu alguma coisa boa virtual. Espero que não seja o único refúgio...

Claudia disse...

Phy, não fui usuária da pracinha como vc mas, um dia te acompanhei numa dessas suas descidas ladeira abaixo, e ainda, com o Gui, lembra? Foi ele quem me apresentou um dos poucos lugares calmos de nosso bairro. Senti a sua tristeza relembrando as tardes no banquinho ensolarado. É uma pena que a prosa e a poesia nem sempre são feitas de alegrias e sabores!
Lindo texto.
beijo, Clau

PW disse...

Vc perdeu a pracinha, mas pelo menos nós ganhamos um blog! Beijos, PW

Unknown disse...

Pôxa, muito, muito triste... imagino como você deve estar mal!

Que chato. Felizmente, "na minha cidade" ainda temos muitos lugares gostozinhos como a sua pracinha.

Bjos pra vc. Fica bem, espero que encontre um novo paraíso por aí (o nosso, você sabe onde fica, e está sempre de portas escancaradas pra vcs)!

Renata

Unknown disse...

Não conheço a pracinha, nunca andei de skate, nem nunca surfei (chuif)...
Mas me senti nela, visualizei a situação e estou quase tão triste quanto vc.
Como escreve bem esta moça, cada vez melhor.
Beijos
E quando eu for a SP, não me leve à pracinha.

Unknown disse...

Chorei junto...
não por freqüentar a pracinha, mas por você e pela nossa cidade, grande perda.

Unknown disse...

Phy!
Adorei o nome! Do texto então, nem preciso falar né?
bjo
FK

Unknown disse...

Mais do que de bandidos me dá raiva dessa elite com síndrome do pânico que se espalha por ai!

Unknown disse...

Li sobre seu blog no blog do Juca Kfouri. Enviei um email a prefeitura sobre esse assunto e pretendo enviar muitos mais.
Força..
Vitor

Gustavo Dainezi disse...

Palhaçada dessa prefeitura!!! vamos lotar a caixa de reclamações!! todos merecem lazer, principalmente nas vias públicas!

Marcos disse...

Cheguei até aqui por intermédio do Blog do Juca Kfouri.
Já mandei uma mensagem para a sub prefeitura, pedindo que devolvam a praça como era antes. Sei que é difícil, mas quem sabe se bastante gente fizer a mesma coisa eles voltam atrás.
Boa sorte e um abraço!

Leonardo Escobar disse...

Porra! Que texto! Adorei!!!

Meu, Phy, você tá a mil hein!! Caraca... tô muito revoltado também.
Todos os dias quebro a cabeça tentando descobrir onde anda a tranquilidade, o sorrisso das pessoas, as crianças brincando de esconde-esconde na rua de casa... não encontro. Elas estão dentro de casa jogando video-game. A casa? Com portões cada vez mais fechados porque "a rua é perigosa...". Triste! Choramos todos.

Paulo Macari disse...

que história mais absurda!
quer dizer que a subprefeitura em ves de cuidar para que todo o asfalto da sua subregião seja igual ao da pracinha, faz isso com um asfalto bem cuidado só porque as pessoas andam de skate lá?! juro que não entendo esse país, essa cidade.

. disse...

Que texto... Parabéns.

Achei seu blog pelo do Juca e já mandei minha mensagem para a sub-prefeitura.

Nunca andei de skate, nunca surfei, mas velejo. Quase todos os finais de semana estou lá, na Baía de Guanabara que eu tanto amo. Mas quando minha avó, que morou em Ramos até a década de 50, conta como era a praia por lá, de água límpida e transparente... Dá pra imaginar a raiva que eu sinto de viver na baía imunda que temos hoje.

Tomara que tudo se resolva por aí que seus netos não precisem ouvir sobre a praça como eu, sobre a baía.

Bj.

luish disse...

Phydia!
que bom te ler, que triste o que leio. Saí há um ano de SP e tenho muita saudade. Aos poucos vou me integrando nessa nova cidade e voce me fez pensar que Belo Horizonte pode ser uma Waymea asfaltica. beijos saudosos.

Anônimo disse...

caraaaaaa ! eu conheço essa praça !

era um clááááássico.


não sabem nada de urbanismo cara !
não sabem o q é viver uma cidade . . . e o “desabafo” q um drop desses promove.

não querem ver os “maloqueiros” nem os “maconheiros” na praça ?

pois verão dentro de casa.


meus sentimentos.


arq. guilherme sant’ana_32 anos_arquiteto_long boarder_curitiba-PR

Anônimo disse...

phydia,
chorei tbm lendo o seu texto... mais de revolta do que de qq outra coisa...
sabe, o meu skate ainda passa por cima das malditas faixas de paralelepípedos, e eu vou continuar indo lá aos finais de semana... e se nada do que estamos tentando der certo, eu vou começar a descer a ladeira gritando, já que minhas rodas não fazem barulho...
mas eu sou brasileira e nao desisto nunca! temos mais de 180 assinaturas sabia? eu to apostando tudo na nossa reunião sexta-feira, com o secretário de esportes...

belo texto! queria saber escrever assim, pra fazer um dossiê mto bom pra levar na reunião...mas vou fazer o melhor q eu conseguir...

bjos da sua mais nova amiga...

Anônimo disse...

Não sou de fazer comentarios em Blogs, mas o que o Juca publicou, me deu revolta e tristeza. Tenho um filho de mas de 30 anos que anda de skate desde criança. Aprendi com ele e só não ando mais porque minha idade, mais de 60, a obesidade e o desequilíbrio me impedem. Mas o que fizeram foi um crime. Crime contra crianças e adolescentes que estão impedidos de se divertir. Crime conta o bom senso, ao esporte e a felicidade de muita gente, que tolida no seu único ponto de referência para se divertir, via fazer o que? Zeno A. Becker F. - Florianópolis-SC.

Marcos Melo disse...

Phy,

Belo texto, problema feio...
Cada vez menos espaços de lazer temos. Sou um em sua briga.

André Gonçalves disse...

vai ver esse "anônimo" é um dos que pediu para a subprefeitura fazer essa babaquice na rua. além de tudo, nem mostra a cara.
se eu fosse você, reunia os skatistas e ia andar lá, mesmo com os paralelepípedos.

Anônimo disse...

Oi, sou uma fã da praça Horácio Sabino.
Seu texto é bonito... caminho todos os dias nesta praça e 1 amigo mandou seu texto.
Conheço os horários dos skatistas, dos que fumam, dos que passeiam, dos que fazem ioga, dos que passam para ler e principalmente... dos quase "donos" da praça... os cães. São mais donos do que nós, visto que nem coleira os donos muitas vezes levam e os atletas que não gostam de academia, ou que economizam fazendo seu esporte por lá também enfrentam problemas.
Via que os skatistas ganhavam carona dos carros para subir a ladeira... já dei carona de carro também.
Achava a turma do skate uma galera animada.
Tem também galera que suja, bebe e deixa latas, fuma, larga a sujeira da sua festa e vai embora.
É uma tribo que ainda está lá... independente da prefeitura. Eles poderiam ter mais consciência de que o espaço é de todos.
Acho que isto ajudou a acabar com o espaço para o skate também...

Anônimo disse...

Phydia, também achei um baita desrespeito, desde que passei por lá, de moto, e reparei na finalidade - única - da obra: evitar que os skatistas aproveitem a rua.
Impedir o esporte.
Tirar opção de lazer barato.
Fazer com que adolescentes não tenham o que fazer.`
É o mesmo que dizer: quem faz esporte na rua é pobre e vagabundo, e nesta cidade não tem vez. Vai ser criminoso na vida, assim quem sabe alguém te respeita.
Desde que vi a tal coisa não me conformo, e pensei até em ação popular (já se vê minha formação...).
Agora, quem acha que a praça só pode ser frequentada por quem ele quer, gostou; eu vi o 'cidadão' dos 'drogados e malokeiros' lá embaixo...

Anônimo disse...

em suma, porque é tão difícil nesta cidade, ou em qualquer lugar as pessoas respitarem o que não é apenas o "seu", a sua propriedade, o seu quintal
e o que é público é via de regra mal-tratado?
que bem-vinda seria uma atitude-manifesto dos skatistas um dia limpando a praça? fazendo uma coisa bacana... já que é um lugar deles se divertirem?
Acho que os "burocratas" e o poder público não são responsáveis por tudo, por todos os problemas na cidade. Mas entendo sua melancolia e tristeza pois seria para mim como encontar um dia a praça tomada de cachorros e as pessoas pedindo "com licença"... "por favor"... para caminhar na calçada... e os cachorros e donos... nem aí pra gente.

disse...

O que eu tenho vontade de fazer é comprar cimento e passar por cima do paralelepípedo. Tenho certeza que os motoristas também iriam agradecer.

Anônimo disse...

vamos mandar e-mails de protesto para os responsaveis, o endereço é http://portal.prefeitura.sp.gov.br/subprefeituras/sppi/organizacao/0001

guzZ disse...

Ë, falar o que!? daqui a pouco vamos ser proibidos de andar apé na rua, por que apé podemos pixar os muros, fumar maconha e etc., só pederemos sair em nossos veiculos e descer deles em areas controladas por cameras e bedeis tecnocratas que nunca viveram a vida de verdade, e apenas filosofam sobre quem é o mentor do ar condicionado!

Unknown disse...

Ja mandei meu email !
Parabens pelo blog e pelo excelente texto !

Unknown disse...

ofereço a você minha solidariedade; é realmente lamentável a caretice e a ignorância de certas pessoas, mas não desiste não, é isso que eles querem...

que tal organizar um movimento de skatistas pra atazanar quem fez isso e recuperar a pracinha? divulgação é que não vai faltar, nós ecanos garantimos!

parabéns pelo belo texto e pelo trabalho na revista!

Anônimo disse...

A música citada no lindo e doído texto é de Sivuca e Humberto Teixeira. Os Mutantes fizeram uma versão. Bela versão.

Condolências paulistanas.

Anônimo disse...

Muito triste!! Às vezes acho que os chatos mal-humorados vão mesmo dominar o mundo.
Moro no interior. Conheci sua pracinha quando fui visitar umas amigas aí na capital.
Achei muito legal ver a garotada descendo a ladeira, se divertindo. Vi uma ou duas moças entre eles, talvez até você fosse uma delas...
Enfim, espero que dê pra reverter essa situação.
Forte abraço!

Ubiratan disse...

Belo texto, mais tenha certeza, que nada está perdido. Com a sua ajuda e de seus amigos é possivel reverter está situação ridicula que foi criado, com este espaço publico.
Saudações.

Daniel disse...

Isso é brincadeira... cada vez menos a cidade é dos Homens e mais das máquinas...

"não sois máquina, Homem é que sois"
Charlie Chaplin

Anônimo disse...

Phydia eu moro próximo a essa praça e tb tenho lembranças de criança, brincando por lá. Lamento que vc tenha perdido seu espaço para praticar esporte, mas percebi que não foi só isso que te aborreceu. Existe ainda um certo vazio por ver um lugar que gostamos muito e que é cheio de significados sendo apropriado dessa forma estúpida.Espero que encontre novos lugares que gerem outras histórias e boas recordações.
Beijos,
Álvaro

pholhas disse...

me irrita a perda da inocencia

Bebê disse...

São Paulo já quase não tem prainhas, e eles ainda tiram as poucas que restam...


Agora, se alguém construir um prédio na frente da praça do pôr-do-sol, eu mato, juro que mato.

Será que vc sabe quem é "bebê"? Marilia, Marilinha, enfim, irmã da Letícia.

Anônimo disse...

Sensacional, o texto! Apesar da tristeza... Que o vento retire a tristeza do teu rosto e que o sol traga a pracinha antiga. Antiga como a tua alegria!
Evandro Duarte.

Anônimo disse...

Phydia, a praça é do povo! Não dos skatistas...
Você verificou se isso não é do interesse das outras pessoas? Por que essa decisão foi tomada? Não há locais adequados para prática de skate em SP? Praça é local para passear sem preocupações de atropelamentos! Vida longa às pracinhas sem skates! Vida longa às pistas de skates!
Abraços,
Valteir
ps. já que vc é da Carta Capital, pode pedir ao PT para fazer uma pista de skate, ou uma pracinha nova para vocês...

Anônimo disse...

Primeiro :

Valteir, voce não entendeu nada !

Segundo :

Cara que texto ! Fiquei triste também porque ja tive uma pracinha assim, mas pra andar de bike ! Cresci, mudei, voltei algumas vezes lá, mas tá diferente...é por a bike na praça e o guarda vem "Aqui não pode andar de bicicleta, não !"
Uma vez tentei explicar pra ele que andava lá quando criança e não teve jeito, me olhou com uma cara de "foda-se" e o jeito foi ir embora.

O jeito é se espremer no Ibira...entre tantos e todos.

Abraços

Anônimo disse...

Terceiro :

Como dica pra uma desobediencia civil :

coloca umas tabuas em cima do paralelepipedo e passa por cima.

sei que não vai ajudar muito, mas vai fazer bastante barulho rsrsrsrsrs

força !

Gleydson disse...

Aos poucos vão acabando com todas as nossas paixões.
Belíssimo texto! Parabéns!
Gleydson.

Unknown disse...

sou de belo horizonte, não sou skatista. moro por aqui há dois anos e confesso que adorava passar pela pracinha, principalmente aos sábados à tarde, e ficar viajando nas evoluções de vocês. pensava comigo, "em beagá não tem um espaço assim para os skatistas, como são paulo é uma cidade democrática..." foda, hein.

Anônimo disse...

Nao fique triste. Um poema de meu próximo livro pra voce. Espero que ajude.

O vitral

anjos confabulam
por trás do branco

um rio nasce
e estende sua magreza

o pombo desce
sobre a estátua come a tarde

(Roberto Kenard - Sao Luís/MA0
e-mail: robertokenard@uol.com.br

Ricardo Ferreira disse...

Phydia,
minha primeira vez aqui e já para prestar solidariedade. Enviei um protesto à subprefeita de Pinheiros que reproduzi em meu blog: http://teoriasumbilicais.blogspot.com. Espero que esteja de acordo.

Abraço!

Belo texto, a propósito.

Anônimo disse...

Espero que vc se exploda de tristeza.
Por que não usa asa delta no meio de linhas de alta tensão?
Ou anda em corredor de ônibus no horário de rush (preferencialmente em direção a um)?

Bob disse...

Olá, Phydia.
Depois de tanto tempo sem nos comunicarmos lamento que minha msg seja para falar de algo tão absurdo.
O que podemos fazer? Meter a boca no trombone! Falar com todos os skatistas e todos as pessoas que acreditam que o esporte e o lazer não devem ser reprimidos.
Lembro que, quando o Janio era prefeito de São Paulo, ele proibiu andarmos de skate pelas ruas. Rolou uma passeata e conseguimos reverter a absurda lei.
Quem sabe não seria o caso de tentarmos algo parecido?
Bjs!
Bob
bobpaulino@uol.com.br

Anônimo disse...

palhacada, podam-nos as asas, cada vez mais.....em todos os sentidos, eh isso, a ignorancia dos governantes nos afronta, e aos poucos o caos toma conta.that's what THEY want, poverty and control of the weak. VIVA AMERICA, ao BRASIL, sorry, my people.

Andre disse...

"Esperanca por contemplação,
Vamos todos alcaçar.
Dando graças aos espíritos da luz,
Que os anjos do sul já estão no céu..."

Mais uma ....

"Lady Jane
Respiro o cheiro dos esgotos no chão
Sob essas catedrais de Babel
Ah, Lady Jane
Eu sinto o gosto dos esgotos no chão
Sob essas catedrais
Sob essa escuridão
Os edifícios tem de cair
Ah, Lady Jane
Toda essa terra vai se consumir
Com os seus mistérios
Como uma fogueira
Vai queimar "

Fim á mediocridade !

sbamps disse...

Poxa, eu trabalhava na Girassol, e muitas vezes dei carona na janela do carro pra quem subia de skate depois de ter descido... os burocratas agem dos jeitos mais silenciosos. Como arquiteto, só posso lamentar a falta de espaços de uso coletivo na cidade. Alguma manifestação a respeito deveria ocorrer, um flash mob, uma reunião com o subprefeito, um telefonema pra Soninha, alguma coisa. É preciso colocar em questão quem é dono do espaço público: quem usa a rua ou quem mora em frente? Quem tem cachorro ou quem tem criança? Quem quer descansar ou quem quer suar? A idéia de rampas de madeirite sobre as lombadas criando um circuito novo parece boa. Da adversidade surge a criatividade.

M Rodrigues disse...

eles podem destruir o que quiserem. Existe um lugar onde nunca terão acesso, isso é o que anula qualquer esforço temporâneo deles, por mais que me tirem até o clube onde cresci, a piscina onde aprendi nadar, o campo onde marquei meu primeiro gol. A sociedade, o sistema mexe com o que está fora de mim; apenas com o que está fora.

Unknown disse...

Bem feito. Vai andar de skate em outro lugar, onde não incomode os idosos e crianças que querem frequentar a praça em paz, sem ter que aguentar gangues de gente fumando maconha e ouvindo música em volumes exagerados.

Anônimo disse...

O blog do Juca Kfouri identifica o local e faz um pedido:

O nome da praça é Horácio Sabino e a obra anti-skate foi feita pela Subprefeitura de Pinheiros.

Vamos inundar a caixa-postal da Subprefeitura para ver se alguém lá toma uma providência e desfaz o absurdo?

O endereço é: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/subprefeituras/
sppi/organizacao/0001

fborgomoni disse...

Toda a solidariedade a vc e já mandei uma descompostura pro email da sub pinheiros. Vai ser sub assim na casa do chapéu!!!
que tal uma manifestação real, bem aos moldes dos anos 60. Som, cores, luzes, painéis, poesias e, é lógico skates, skates, skates...
posso levar uma galera aqui de Santos pra apoiar. Acredite essa praça pode voltar a ser nossa.

Robert Alvarez Fernández disse...

Phydia, belo texto; fico feliz pela iniciativa do BLOG. Espero que você reencontre seu asfalto lisinho.

Robert

Anônimo disse...

cheguei no seu blog pelo blog do Juca e, embora não resida em São Paulo, tenho muitas lembranças de uma cidade menos paranóica em que, adolescente, andava a pé com o violão nas costas, fazendo serenata...

mandei um e-mail pra sub-prefeitura porque, embora sensibilizado pelo seu lindo texto, acho que nem você nem nós - humanos - podemos nos conformar com esse tipo de violência, a violência da exclusão

Unknown disse...

Olá

Não sou de Sampa. Não ando de skate. Não te conheço.
Mas vi seu poema/prosa. Fiquei triste. Muito triste.
Fica a pergunta: quanto gastaram pra fazer a obra? foi superfaturada? não poderiam ter gasto o dinheiro dela pra colocar policiais na praça e assim inibir os arruaceiros, maconheiros, mariginais?
Mandei um email pra prefeitura. Você tem todo meu apoio.

Anônimo disse...

que texto lindo! Fiquei emocionada....
beijos

Anônimo disse...

Phydia, parece que o mentor da obra é um dos moradores do entorno que dizem ser desembargador ou algo assim (figurão do poder judiciário).

O argumento levado à prefeitura seria de que é uma forma de aumentar a permeabilidade do solo (como se o entorno de uma praça gamada precisasse disso e como se aquelas poucas faixas sem asfalto também pudessem fazer alguma diferença substancial).

Apesar da Sociedade Amigos de Bairro serem os maiores responsáveis pela manutenção daquela Praça (cuja diretoria e decisões não conhecemos por aqui, apesar de sermos igualmente moradores) a obra foi custeada e realizada pela sub-prefeitura.

Não houve discussão pública e as reuniões dessa SAB não são anunciada no Bairro. De modo geral, outros usuários da Praça não foram consultados e discordam da medida. Claro, para qualquer um que queira passear por lá à noite, é muito melhor andar por um local frequentado por skatistas do que andar por sozinho por entre sombras.

É mais uma Praça cujos vizinhos preferem vazia e sem vida. Devem pensar que a companhia sombria daqueles que se sentem mais à vontade na escuridão e isolamento mais interessante que a companhia de jovens.

Que o senhor desembargador seja surprendido por algum assaltante à porta de casa, devidamente protegido pela ausência dos olhares incovenientes de quem andava de skate por lá.

Quem sabe ele tenha o prazer de ser roubado por alguém sem Tattoos ou Piercing (e que não fume um baseado). Só assim pra entender o tamanho do equívoco...

Anônimo disse...

cara phydia!!! acabei de enviar um protesto a sub-prefeitura de pinheiros pela interveição na praça, sou solidario a voce estou aqui em são luis/ma. um grande abraço,

Anônimo disse...

Phydia, sou vizinho da praça também e fiquei chocado com o que aconteceu. Voce usou a palavra correta, violência. Assim como o tal Andrea Matarazzo chefe das subprefeituras é violento quando acha marginalidade os grafites pela cidade, que assim como o skate são produtos da cultura urbana de SP absolutamnete reconhecidos e reverenciados lá fora. São pessoas violentas que tem absoluto desprezo pelas outras pessoas da cidade, que tem absoluta fobia de saber que têm que dividir o espaço publico com os outros. Vivemos ainda a 2 séculos atras.
Vamos fazer barulho contra isso, no seu blog tem uns 60 comentarios sobre o caso, no do Juca tbm..temos massa crítica!
Abaços,
Alexandre

Anônimo disse...

O blogueiro-tucano Valteir não perde tempo. Entrou e disse:
Valteir
ps. "já que vc é da Carta Capital, pode pedir ao PT para fazer uma pista de skate, ou uma pracinha nova para vocês..."
Sugestão de mal gosto rapaz! Deve ter vindo de alguém que lê Veja, adora o tal Mainard e chora diante das crônicas do cineasta falido Jabor. Leve as coisas a sério Valteir! Tem outros blogs para você vociferar sua gana antipetista. Acho que vc usou o espaço errado.

Anônimo disse...

seu texto foi enviado pra mim pelo meu pai, um sexagenário muito mais ativo e atlético que eu, um ex-skatista trintão, que chorou lendo seu texto. e os motivos do choro foram vários.

triste texto lindo

manuvlad disse...

Que triste mesmo, Phydia.

Parece que as coisas simples da vida ofendem. A simplicidade ofende. No Brasil é impensável qualquer iniciativa para desestimular o uso de carros. Afinal, temos uma indústria que depende de crescimentos anuais de vendas. Isso significa que somos estimulados a poluir e a entupir o trânsito, deixando a vida na cidade ainda pior. Mas andar de skates de vez em quando nem pensar.

Eu espero sinceramente que isso possa ser revertido. E que os administradores da subprefeitura (que nunca foi tão sub) de Pinheiros tenham vergonha na cara para que você possa curtir o sol e o vento no rosto.

Douglas Leite disse...

Phy, sou um paulistano no exílio. Fugi da cidade onde tentei viver por 32 anos, mas que não deixaram.

Hoje tenho um pouco de saudade de algumas coisas que não existem mais, mesmo que eu quisesse voltar por causa delas eu não as teria de novo. Parce que as pessoas não aceitam que possa existir sensibilidade em uma cidade como aquela.

Hoje brinco na rua com minha filha, ando de bicicleta, solto pipa e fico espantado com o tamanho da lua e a quantidade de estrelas. E eu ainda ouvi de 'amigos' que não agüentaria um mês longe de São Paulo...

Por tudo isso choro contigo, querida.

Douglas Leite disse...

Phy, sou um paulistano no exílio. Fugi da cidade onde tentei viver por 32 anos, mas que não deixaram.

Hoje tenho um pouco de saudade de algumas coisas que não existem mais, mesmo que eu quisesse voltar por causa delas eu não as teria de novo. Parce que as pessoas não aceitam que possa existir sensibilidade em uma cidade como aquela.

Hoje brinco na rua com minha filha, ando de bicicleta, solto pipa e fico espantado com o tamanho da lua e a quantidade de estrelas. E eu ainda ouvi de 'amigos' que não agüentaria um mês longe de São Paulo...

Por tudo isso choro contigo, querida.

Neta Mello disse...

Phydia, li seu texto no blog do Juca. Sou um "pouquinho" mais velha do que vc. Nasci bem pertinho da Horácio Sabino, quando ela nem era praça ainda! eu e meus irmãos atravessávamos à pé a Estrada do Araçá, hoje Heitor Penteado, para brincar de "mocinho e bandido" nos terrenos desertos de gente mas com vacas e cavalos pastando! Eu te entendo perfeitamente... se puder, dá uma passadinha no meu blog - http://blogdaneta.blogspot.com - tem um texto "Pode ser moleque" que fala dessa vontade de poder continuar criança. Adorei.

Neta Mello

Anônimo disse...

Sinceramente, acho que o que vc escreveu é ridiculo. Vai procurar uma pista de Skate!!!, 30 anos e andando de Skate.... Trabalhar as vezes faz bem viu!

Anônimo disse...

Lindo texto Phydia... A ladeira do Alves, para quem não sabe, talvez seja um dos berços do skate brasileiro, com mais de 30 anos de história... Muito uretano já rolou por ali não?? So você já teve ter deixado alguns milímetros de rodinha por lá... Uma pena que tenha gente que ainda não consiga entender que skate e skatistas não são o bicho de sete cabeças que muitos pensam ser e, uns, piores ainda, como o Ricardo, que lá embaixo fez o seguinte comentário "30 anos e andando de Skate.... Trabalhar as vezes faz bem viu!" não entendam nada mesmo... nem da vida... tenho 31 e, graças a Deus, ainda ando de skate e, melhor ainda, trabalho com isso, fotografando e chefiando a redação da Tribo Skate... Enfim, chega de escrever... O lance é tentar encontrar novas formas de surfar na paulicéia! Espero que consigamos, juntos, reverter essa curar essas cicatrizes da ladeira que te fazia feliz nas tuas poucas horas de lazer, apesar de, sincerante, achar pouco provável que isso aconteça... Boa sorte para todos nós!

Anônimo disse...

Puxa..... sem palavras, mas as tuas, me fizeram chorar, chorar pelo coração
Fica aqui o meio apoio.
Sou ciclista e encontro grandes
agressões também.

Mas nunca pare de falar
beijos

BRUNO FUNIL disse...

Sou skatista de street, tenho 32 anos e trabalho muito! Tb curto descida de ladeiras em long boards...achei maravilhoso este texto, mesmo que não fosse skatista ficaria emocionado, pois não se trata somente da "proibição do skate" é algo além, como uma imposição feita pelos poderosos, tipo uma censura muito explícita...triste. Parabéns Phydia.

Blau!!! disse...

Mandei uma carta pra prefeitura :
Oi Bom dia,

Sou morador do bairro do Sumaré, cidade de São Paulo, na Zona Oeste da capital. Praticante de skateboard desde os 2 anos de idade, descobri esse dignissímo esporte, e aprendi descendo as ladeiras daqui do meu bairro, onde moro e trabalho, numa empresa familiar com mais de 50 anos aqui no Bairro, a Contábil Sumaré Ltda.
Desde que comecei a praticar esse esporte, andei em diversas pistas privadas, aqui na região, posso contar no mínimo 10 pistas ( a maioria já inexistente ), que andei, e tive de pagar. Atualmente tenho minha própria pista, mas sinto falta de uma pista pública aqui por perto, para andar, treinar e encontrar com os amigos.
Para que eu possa treinar, tenho que andar muito, pois a pista pública mais próxima está no Butantã. Minha sugestão é construír uma Pista Pública aqui na Região. Temos diversas praças, inclusive um parque enorme, com até quadra de tênis, que é um esporte elitizado que o Brasil tem menos tradição.
Só para lembrar, o Brasil tem um atual trí-campeão mundial de skate!
E no bairro do sumaré foi feito o primeiro campeonato de skate de são paulo, em 1973, além do cirquíto Bebê Diabo no início dos anos 80, e três etapas do campeonato Brasileiro de Downhill - Slide no final dos anos 80. Daqui também saíram diversos skatistas profissionais, além do campeão mundial de skate de 1995, o Rodrigo Menezes.
Peço que considerem esse apelo, ainda mais agora que interditaram a Ladeira do Alves ( Praça Horácio Sabino ). Gostaria de criar meus filhos aqui no bairro, e que essa cultura do skate continuasse no ar aqui dos moradores.
Aguardo resposta,
Gustavo Castro.

Faltou pedir a pista no PARQUE VILA LOBOS!!!!

Anônimo disse...

Choradeiras a parte,

a L. do Alves não era tao BOA assim, mas era uma ladeira!

Acho que devemos se unir para pedir uma pista aqui no Bairro, na Região, entre as pontes né?

Sem ter que atravessar o Rio, nada contra, mas tá faltando mesmo!

Uma no Vila Lobos, de preferência um banks, para vc, e para os outros fazerem seu surfizinho no concreto!

Espaço tem, o que precisamos? Abaixo assinado?? To né!

ladeiras tem vários caro colega! Vá atrás, no sumaré mesmo!

Agora precisamos de umas pistas por aqui tb!

keep skating! Go out rollers!

Anônimo disse...

Querida Phydia. Já passei por situação semelhante. Lá pros idos de 1988, 1989, a pracinha Guilherme Kawall, junto ao Shopping Eldorado, viu um gramado abandonado ser transformado em um campinho de futebol que reunia turmas e turmas de amigos para jogar bola. Todo dia era dia, e a praça ganhou novos ares, cores, alegrias. Eu e meus amigos chegamos a construir um par de "gols portáteis", que montávamos e desmontávamos a cada tarde de jogo, com rede e tudo... Um belo dia, os buracos em que montávamos os gols foram chumbados com concreto de primeira qualidade! Até hoje, o concreto está lá, eu vi recentemente! Sabe quem fez essa obra pela cidade, a fim de "retomar o espaço público que vinha sendo destruido pelos peladeiros"?! A Administração Regional de Pinheiros, ou seja, o mesmo órgão (Subprefeitura) que hoje atropelou sua pracinha... Não jogamos mais futebol lá. Mas nunca paramos de lutar. Algo difícil em uma cidade como a nossa. No mais, lindo texto, parabéns pelo blog e pelos belos caminhos que tem trilhado. Abraço para você, Tonho

Anônimo disse...

Phydia,
não chore. é triste mesmo o que aconteceu pra você. mas tenho um talvez consolo pra te dar: nas ruas de paralelepípedos a água penetra no solo escondido e quase morto debaixo do asfalto, e é bom para a terra. Pode ser que alguém tenha feito essa obra no intuito de cuidar, um pouquinho que seja, do planeta.
Tenho esperança.
Beijo, bárbara

Faisca disse...

Lindo texto... me senti na sua pele, como sendo retirado do meu lar... tenho 27 anos, ando de skate e luto na minha pequena cidade por espaços públicos para a prática do esporte. Infelismente, mesmo sendo um lugar público, existem retaliações deste tipo, de pessoas que não enxergam, nem nunca sentiram a sensação de liberdade que é andar nas 4 rodas.
Tenho um blog sobre o skate em Santa Catarina, e com sua permissão e com os devidos créditos gostaria de publicar sua carta! Abraços Phydia.

Fernando.

Anônimo disse...

Sr. Rodrigo KBÇA, ja que citou o meu comentário...
Não tenho nada contra skatistas, só acho que quem tem tempo de andar de skate com 30 anos ou mais deve ter a conciência que rua não é lugar ´pra andar de skate, existem lugares pra isso, pista, espaço ou sei lá o que. Em cada 10 pessoas andando de skate, pelo menos 9 devem ser aqueles garotões de bermudas enormes,que ainda não sabem bem o que quer dizer trabalho e responsabilidade, e ainda respeitar espaços destinados à outras atividades, que não exclusiva para andar de skate.
Também tenho 31 anos e a última coisa que eu faria neste momento para me divertir seria andar de skate, se vc anda e trabalha com isso, ótimo foi uma escolha que vc fez, nem por isso acho que vc não sabe nada da vida, como disse que eu não sei. A questão é, tem lugar pra tudo e pra todos, para se fazer o que quiser.

roberta disse...

prezado ricardo...sabemos muito bem porque a última coisa q o Sr. faria para se divertir seria andar de skate...aposto q vc já deve ter tentatdo qdo mais novo e se descobriu um verdadeiro PREGO! aí então para se divertir o sr. deve preferir mil vezes tomar uma cervejinha fumando muitos cigarros com seus amigos caretas e babacas, assim como vc, e cultivar a barriguinha de chopp!
faça-me o favor! tem idade para praticar esporte? e o q o sr tem contra os garotões de bermudão? aposto q sua mulher se é q tem adoraria se vc fosse um deles, sarado, de praticar esporte ao invés de sonso e pançudo!
e tem mais...vc acha q quem pratica skate não sabe o q é trabalho...pois bem...aposto q tem muitos aqui, muito mais letrados e trabalhadores que o sr...eu por exemplo...tenho só 23 anos, ando de skate ha uns 5 pelo menos...e nesse tempo, terminei uma faculdade, começo a escrever minha dissertação de mestrado (em EDUCAÇÂO se é q lhe interessa) trabalho 8 hrs por dia, e falo 3 línguas...ah, e sem esquecer dos trabalhos voluntários...e acho tempo para andar de skate! e vc? faz o q além do escritório ahn?
a praça é pública e a ladeira é de todos!

roberta disse...

e ridículo é vc...que não tem capacidade de andar de skt e muito menos de escrever um texto como esse! seu ridículo!

Anônimo disse...

Roberta! Tudo bem?

Obrigado pelo seu comentário referindo-se ao meu.
Parabéns por ser tão inteligente, mesmo andando de skate.

Abraços

Anônimo disse...

Pois é... vida de skaitista não é facil só aqui no Brasil. Aqui tem um filminho de um policial prendendo uns garotos que andavam de skate nos USA: http://www.dbasixx.com/multitube.php?video=EH6AYVn2yw4

Anônimo disse...

Podes crer Ricardo,

mesmo se vc nao for skatista, foi um cometário cabível, no que se refere a andar na rua!

nada contra tenho 30 anos, ando de skate somente em pistas, a mais de 4 ou cinco anos, num lembro mais.

o problema de andar na rua sao muitos, mas da mesma forma, que usam a rua para pedalar, e fazer cooper, andar de skate, é bem evoluído, e bonito!

como nos calçadoes de ipanema, ou santos!

por mim a falta dessa ladeira nao influencia em nada. mas para outro sim, os respeito, mas sou contra choradeira!

acho que o movimento tem que ser a favor de algo novo, no caso uma pista de skate decente!

mas a galera prefere chorar!

entao é isso,

boa sessão! para os skaters,

para os admiradores.

já para os repressores, boa sessão de cinema, televizao, faustao, gugu, e etc.

Anônimo disse...

Bela história... Uma pena ser real.
Mas tomara que tenha um final feliz.

Anônimo disse...

Um país civilizado e que respeita as opiniões de outras pessoas, tende a ser um dia uma grande nação.Mas infelizmente quando alguém tem uma opinião contrária do que a maioria supõe ser correto, começam os ataques pessoais, sem fundamento algum.
Como ja disse em outra mensagem, não tenho nada contra quem gosta de andar de Skate, existem " tribos" de todos os tipos, cada um curte a sua "tribo" ou sua turma.. Desde que o direito a ordem, patrimônio, silÊncio, limpeza, etc... de outros seja respeitados.

Anônimo disse...

Posso sair daqui para me organizar
Posso sair daqui para desorganizar
Posso sair daqui para me organizar
Posso sair daqui para desorganizar

Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana

O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu ví um chié andando devagar
E um aratu pra lá e pra cá
E um carangueijo andando pro sul
Saiu do mangue, virou gabiru

Ô Josué, eu nunca ví tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça

Peguei um baláio, fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia, pegou a minha cenoura
“Aí minha véia, deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio começei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar

Anônimo disse...

Em tempos onde jovens espancam pessoas na rua, a iniciativa da sub-prefeitura de Pinheiros ao impedir a prática de um esporte em um espaço público como a Praça Horácio Sabino, cumpre de maneira exemplar o papel de potencializar a violência, o preconceito e a intolerância que a cada dia tornam-se a marca registrada desta cidade triste. Lamentável!

paulo fernando borges
pfmborges@uol.com.br

Anônimo disse...

Bem dramático, gostei.
Quem sabe algum garoto, em sua molecagem, não arruma um jeito?
Ou então treine pra pular o obstáculo. Às vezes superar limites é válido.
Besos.

ONG Tribunow - Ainda Há Tempo disse...

KCá estou eu novamennte pra registrar q o pré-lançamento da campanha, Skate:Este Carrinho Não Polui! rolou de boa.

Nossa intenção agora é por o uretano pra rodar, como vai a questão da praça de vcs, acredito q seria um bom gancho pra reativa-la aos skatistas e selarmos a paz com a prefeitura.

Qq dúvida entre em contato.

aindahatempo@tribunow.com.br

Fernando Rabelo de Souza disse...

Phydia,
Você mandou bem pra caramba! Sua indignação é justa e compartilho dela. Todos nós precisamos ter um lugar para andar de skate e/ou patins. Boa sorte!

Anônimo disse...

Por estas e outras que decidi retornar a cena como uma associãção e/ou ONG chamda Tribunow - Onde a Justiça Será Feita! ou É Feita, ainda não sei se mudarei de slogan... rs

Uma da campanhas que criei fala justamente sobre isso Skate: Este Carrinho Não Polui!njá que sommos uma entidade ambiental, por isso entendo sua dor.

Vou postar seu texto no blog, se der da uma passada por lá, já que como vc disse em outro post as coisas tão corridas, mas mantenha a cabeça em pé e o carrinho sob os pés.

Skate or die!

\o how!

Salminha disse...

chorei tambem...senti tua dor. Mesmo a mais de 10.000 kms de distancia, tuas palavras passaram a emocao.
Voce escreve lindo! Amei!